Nesta semana, caros ouvintes estamos repletos de acontecimentos literários e culturais importantes, entre eles: a semana da enfermagem, o nascimento, dia 20 de maio de 1799 de um dos grandes escritores franceses, Honoré de Balzac (falaremos sobre ele em futuras colunas, certamente) e neste mesmo dia 20, mas 348 antes, no ano de 1451, a morte de Cristóvão Colombo
Ainda nesta semana, no dia 21 temos O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento estabelecido pela UNESCO para promoção de questões de diversidade.
No dia 24 de maio, temos o nascimento do Prêmio Nobel, Bob Dylan (sobre quem também falaremos também em futuras oportunidades)
E finalmente, no dia 22 de maio nós lembramos 3 eventos importantíssimos para a cultura: a morte, em 1885, do grande escritor francês Victor Hugo, autor, entre outros trabalhos, do romance “Os miseráveis” e do romance que popularizou a recém incendiada Notre Dame chamado “Notre Dame de Paris” na versão original e “O corcunda de Notre Dame” nas versões americanizadas.
Além do nascimento de dois outros grandes gênios culturais: o compositor Richard Wagner (1813), lembrado por suas óperas e teatro com componentes nacionais alemães, famoso, entre outras obras, por “O anel dos nibelungos” e trechos como “Cavalgada das Valquírias”, além de uma das duas músicas mais famosas em casamentos, O coro nupcial que está na parte do ato III da ópera Lohengrin do autor. É uma marcha nupcial tocada em na entrada de diversas cerimônias de casamento ocidentais (popularmente conhecido no Brasil como o “lá vem a noiva”).
Mas, dentre tantos acontecimentos eu gostaria de falar essa semana para os ouvintes sobre um em particular: o aniversário de 159 anos do nascimento de sir Arthur Ignatius Conan Doyle, ou, como ele ficou conhecido, Conan Doyle, escritor e médico britânico.
Bom, até quem não é muito ligado à literatura certamente já ouviu falar sobre o detetive Sherlock Holmes e seu ajudante Watson (seja por filmes, ou por sua imensa ligação com a cultura popular). A popularidade deste detetive ficcional é tanta que há, em muitos lugares, pessoas que acreditam que o personagem é real e não fruto da incrível imaginação do escritor britânico.
Conan Doyle nasceu em Edimburgo, Escócia, no dia 22 de maio de 1859. Estudou no Colégio Stonyhurst, onde concluiu o colegial em 1875. No ano seguinte ingressou na Universidade de Edimburgo concluindo o curso de Medicina em 1881. Entre 1882 e 1890 exerceu a profissão em Southsea, Inglaterra.
Ainda estudante, Conan começou a escrever pequenas histórias. Em 1887 publicou na revista de bolso Beeton’s Christmas Annual, a história “Study in Scarlat” (Um Estudo em Vermelho), que se converteria no primeiro dos 60 outros contos em que introduziu ao público aqueles que se tornariam os mais conhecidos personagens de histórias de detetive da literatura universal: Sherlock Holmes e doutor Watson.
Com eles, Conan Doyle imortalizou o método de dedução utilizado nas investigações e o ambiente da Inglaterra vitoriana. Seguiram-se outros três romances com os personagens, além de inúmeras histórias, publicadas nas revistas Strand, Collier’s e Liberty e posteriormente reunidas em muitos livros.
O autor escreveu também obras religiosas, de cunho espiritualista (Após a morte de seu filho mais velho nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial), escritas a partir de 1916, como A Nova Revelação (1918) e A Mensagem Vital, (1919).
Outros trabalhos de Conan Doyle foram freqüentemente obscurecidos por sua criação mais famosa, e, em dezembro de 1893, ele matou Holmes (junto com o vilão professor Moriarty), tendo a Áustria como cenário no conto “O problema final” (Memórias de Sherlock Holmes). Holmes ressuscitou no romance O cão dos Baskerville, publicado entre 1902 e 1903, e no conto “A casa vazia” (A ciclista solitária), de 1903, quando Conan Doyle sucumbiu à pressão do público e revelou que o detetive conseguira burlar a morte.
Conan Doyle foi nomeado cavaleiro em 1902 pelo apoio à política britânica na guerra da África do Sul, recebendo o título de Sir. Faleceu em Crowborough, Inglaterra, no dia 7 de julho de 1930.
A dica, portanto é se divertir sozinho ou em família lendo, assistindo ou comentando as mais de 60 obras do escritor Conan Doyle, principalmente as deliciosas histórias do detetive Sherlock Holmes.